segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Minha História

Desde 2010 quando encontrei minha verdadeira vocação resolvi dedicar meu tempo as formas, sons e desenhos da nossa querida Mãe Terra. Resolvi usar a arte para explorar a integração entre a Natureza e o Homem, e materializar essa maravilhosa manifestação através do artesanato que aqui vos apresento. Sejam bem vindos ao "Mãe Terra Art e Artesanato"!

Filtro dos Sonhos




Em algumas culturas nativas americanas, o Filtro dos Sonhos tem sua origem na tribo;
Lakota : iháŋbla gmunka e  Ojibwe :asabikeshiinh.
É um amuleto da cultura indígena que consiste em um aro construído com uma vara de
salgueiro-chorão, ao qual são atrelados e pendurados vários fiosformando uma teia de aranha, propositalmente irregular em sua forma, segurando algumas poucas penas e/ou outros
pequenos objetos de significância especial, tais como penas e pedras. O Filtro dos
sonhos nos protege das interferências externas enquanto dormimos, pendurado em cima
da cama, é usada como um amuleto para proteger as pessoas que dormem,
geralmente em crianças contra seus pesadelos.


"Apenas bons sonhos é permitido filtrar ... Pesadelos  e outras energias impregnadas no ambiente desaparecem com os primeiros raios do dia".


Através dos furos e de todo conjunto que ele proporciona, os bons sonhos ficam presos na teia e, em seguida, deslizam-se pelas penas fazendo seu papel para a pessoa dormir .

próprio nome  diz.....FILTRO.


Assim aquilo que entra tem que sair e quando sai....sai transmutado, transformado pelo intendo de seu portador.

Uma história muito conhecida sobre sua origem :
Certa vez uma aranha fiava sua teia próximo à cama da avó.
Todos os dias ela observava a aranha trabalhar. 
Alguns dias depois, o neto entrou e, ao ver a aranha na teia, pegou uma pedra para matá-la.
Mas a avó não deixou. O garoto respeitou o seu desejo.
A velha mulher voltou-se para observar mais uma vez o trabalho do animal e, então, a aranha falou: Obrigada por salvar minha vida.
Vou dar-lhe um presente por isso. Na próxima Lua nova vou fiar uma teia na sua janela. 
Quero que você observe com atenção e aprenda como tecer os fios.
Porque esta teia vai servir para capturar todos os maus sonhos e as energias ruins.
O pequeno furo no centro vai deixar passar os bons sonhos e fazê-los chegarem até você. 
Quando a Lua chegou, a avó viu a aranha tecer sua teia mágica e,
agradecida, não cabia em si de felicidade pelo maravilhoso presente:


Aprenda, dizia a aranha. 
Finalmente, exausta, a avó dormiu. Quando os primeiros raios de sol surgiram no céu,
ela acordou e viu a teia brilhando como joia graças às gotas de orvalho capturadas
nos fios. A brisa trouxe penas de pomba que também ficaram presas na teia,
dançando alegremente e, por último, um corvo pousou na teia e deixou uma longa
pena pendurada. Por entre as malhas da teia, o Pai Sol sorria alegremente.
E a avó, feliz, ensinou todos  da tribo a fazerem os filtros de sonhos. 
































Tambores

Os tambores são utilizados desde as mais remotas eras da humanidade. Acredita-se que os primeiros tambores fossem troncos ocos de árvores tocados com as mãos ou galhos. Posteriormente, quando o homem aprendeu a caçar e as peles de animais passaram a ser utilizadas na fabricação roupas e outros objetos, percebeu-se que ao esticar uma pele sobre o tronco, o som produzido era mais poderoso. Pela simplicidade de construção e execução, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos decorativos depende dos materiais encontrados em cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu.

Os tambores exerciam nas civilizações primitivas diversos papéis. Além da produção de música para rituais e festas, os tambores, devido à sua grande potência sonora, também foram usados como meios de comunicação.
Nos textos bíblicos é possível encontrar várias referências ao tambor. Entre muitas, de destacar, no antigo testamento, alguns exemplos: Após a passagem pelo mar Vermelho, Miriam e as mulheres de Israel dançaram ao som de tamboris (Êxodo 15:20). Outras mulheres dançaram com tamboris após as vitórias de Saul e David (1 Samuel 18:6). O Salmo 149 (verso 3) incentiva a louvar ao Senhor com harpa e adufe.








O que é a Ayahuasca

A Ayahuasca é um produto da união do Banisteriopis Caapi (mariri ou jagube) e da Psycothria Viridis (chacrona ou rainha), fervidos em água. Seu uso, que é tradicional entre os povos da Amazônia, deve ser restrito nos centros urbanos aos rituais religiosos autorizados pelas direções das entidades usuárias, em locais apropriados sendo vedada a sua associação a substâncias proscritas (consideradas alucinógenas).
Cipó Mariri e Folha Chacrona.

Sobre o Xamanismo






O que é o Xamanismo ?





jvarela escreve "O xamanismo é um caminho que só pode ser realmente conhecido através da própria experiência, as palavras se tornam muito limitadas para falar de experiências tão abstratas e pessoais. Optei então por escrever sobre ele de uma forma mais didática.

Práticas xamanicas complexas foram encontradas em cavernas na china a pelo menos 80.000 anos, o que se pressupõe que ele é mais antigo que isso. Dados não muito confiáveis, já que o exame de carbono 14 pode variar dependendo das condições atmosféricas da época, e muitas outras variantes.

Provavelmente está ligado ao paleolítico, quando o homem passou a dominar o fogo. Seus elementos são; a conexão com o espírito e uma ligação profunda com os elementos da natureza, do universo e da criação. Traços do xamanismo podem ser encontrados em muitas religiões e tradições (acreditam muitos antropólogos que é de onde derivam as religiões), é considerada a mais antiga disciplina religiosa, médica e psicológica da humanidade.

Nos últimos anos o xamanismo vem se tornando mais popular, muitos pesquisadores na antropologia, etnobotânica e psicologia tem estudado e incorporado o xamanismo em sua ciência, recentemente a medicina moderna também vem adotando algumas técnicas do xamanismo com sucesso.

Carlos Castaneda é um deles, antroplogo, sua tese de doutorado se baseou no xamanismo Tolteca. Embora parte da sua obra não esteja muito relacionada a cura de outras pessoas, e sim com o conhecimento e a cura pessoal, suas três primeiras obras foram bem aceitas pêlos acadêmicos, seus livros seguintes são também bastante populares, mas geraram muitas polêmicas. Nos seus livros ele descreve uma convivência de intenso aprendizado com um índio yaqui chamado por ele de Dom Ruam.

Se os relatos de Castaneda nos seus livros são verdade ou não, ninguém sabe, e as experiências relatadas por ele são mesmo da cultura Tolteca, praticadas com variantes por muitas tribos da região onde ele esteve, seu conteúdo é de grande importância para quem quer seguir o caminho do xamanismo, embora a visão dele seja um tanto pessoal.

Alguns estudiosos de seu trabalho acreditam que ele esteve em várias tribos, e conviveu com diversos xamãs, personificando esses xamãs em um só para facilitar o entendimento da obra. Mas isso também não passa de especulação.

Até hoje quem mais pesquisou xamanismo foram os antropólogos, mas ultimamente a psicologia vem tentando incorporar o xamanismo em suas técnicas de cura de um modo bastante significativo, isso se dá graças a Jung, que olhando a psicanálise de uma forma diferente de Freud (que considerava experiências religiosas como psicopatologias), acreditava-se que experiências transcedentais, profundas e extáticas eram regressões patológicas, em alguns casos até psicóticas.

Tudo isso se dá ao fato de um xamã as vezes ter condutas estranhas, entrar em estado ampliado de consciência, ter visões e conversar com espíritos, que é considerado um sintoma psicótico, a diferença entre uma pessoa com surto psicótico e uma xamã é que ele consegue entrar nesse mundo e ao mesmo tempo estar consiênte do mundo físico, o que um psicótico não consegue fazer. Olhando por este ângulo a psicologia humanista pode perceber que o xamã é uma pessoa mais equilibrada psiquicamente que as outras pessoas da comunidade onde vive, por isso na maioria dos casos costuma ser líder ou conselheiro, além de fazer o trabalho de cura, tando da mente, do espírito ou do corpo.

Jung com sua psicologia humanista e transpessoal abriu uma porta importante para que o xamanismo viesse a fazer parte da psicologia. Hoje muitos psicólogos e psiquiatras na América do Norte e Europa trabalham com técnicas diretamente vindas do xamanismo e outras tradições religiosas, como é o caso da meditação e da yoga, com ótimos resultados de cura. Mas isto não transforma necessariamente um psicologo e um psiquiatra em um xamã.

O xamã também é uma pessoa que aprende a lidar com imagens e arquétipos, usando desses artifícios ele trabalha a cura do doente, a medicina moderna vem incorporando essa técnica em muitos trabalhos hoje em dia, pois a imaginação do doente influencia diretamente no sistema imunológico da pessoa.

O que é um xamã? E de onde vem esse termo?

A antropologia adotou esse termo "xamã" porque primeiras pesquisas que foram feitas em torno do xamanismo se darem ao povo Tungu, natural da Sibéria. Onde um homem de cura ou curador é chamado de "saman" (alguém que está excitado, comovido, elevado). Os antropólogos então acabaram por generalizar o termo xamã para identificar grupos específicos de curadores, que muitas vezes são chamados de curandeiros, bruxos, magos, mágos e etc. Na verdade em cada grupo ou povo onde o xamanismo ainda é praticado (apesar da essência do xamanismo ser muito parecida), existem muitas variantes quanto às técnicas e também aos nomes dados ao xamã por cada grupo. Na maioria dos grupos um xamã não se denomina xamã, normalmente as pessoas do grupo ou comunidade onde ele vive é que dão este título a ele.

"Em todas as línguas tungus, esse termo (saman) refere-se a pessoas de ambos os sexos que dominaram os espíritos e que podem introduzi-los em si mesmos quando quiserem, usando seu poder para interesses próprios ou principalmente para ajudar pessoas que sofrem assédio dos espíritos.

"Shirokogoroff, S. "Psychomental complex of tungus", Londres: Kegan Paul, Trench, Trubnor, 1985"

Os xamãs tem o poder então de interagir com os espíritos, em prol da tribo, ou para cura de uma pessoa doente ou possuída por espíritos maléficos. Ele pode também interagir com as forças e energias ocultas na natureza.

Quais são as ferramentas de um xamã?

Um xamã pode trabalhar com ervas, tanto curativas e depurativas do corpo, quando ervas alucinógenas (que trabalham com a mente e a espiritualidade), seu intuito é trabalhar com o corpo, o espírito e a mente do "doente". Pode também trabalhar com rituais, com práticas de abstinência, jejuns solitários e prolongados. Estes trazem arquétipos que fazem a pessoa entrar em estados não comuns de consciência. Nesses rituais são usados entoações de cânticos com a batida de tambores, flautas, chocalhos e etc... Esses cânticos podem estar dizendo algo específico ou apenas ser uma espécie de mantra repetitivo. Pode trabalhar com a energia dos elementos da natureza, cristais, pedras, ervas, fogo, etc... Existem também os espíritos auxiliares e protetores, na maioria das vezes espíritos animais com dons específicos que costumam ser a medicina com que determinado xamã trabalha. Intuições, sonhos, insights, alucinações e estados não comuns de consciência são analisados e observados com muita importância.

O xamanismo é uma religião ou uma seita?

Não, o xamanismo não é uma religião nem tanto uma seita, mas está intimamente ligado as manifestações religiosas do homem e ao "religare". No xamanismo não existem dogmas ou regras obrigatórias a seguir, sua única regra básica é seguir o caminho do coração sempre respeitando a Criação e todas as criaturas através da ligação com as forças da natuteza. É claro que variantes, dogmas e tabus existem em toda parte, pode-se encontrar xamanismo hierárquico em diversas tradições.

O xamanismo só é praticado pelo xamã?

Não, as pessoas em que vivem em uma comunidade onde o xamanismo é presente tem um modo de vida xamanico, agem de acordo com as leis naturais e respeitam a Criação e suas criaturas, como se toda a Criação fosse uma coisa só. Para eles, animais, insetos, plantas, e até pedras tem energia e vida vindas do Criador. A diferença entre um homem comum e o xamã de uma sociedade assim, é que o xamã mergulha mais fundo nessas questões, (re)descobre o poder da Criação dentro de si e passa a vida usando esse poder para os propósitos da Criação. Qualquer pessoa tem esse poder dentro de si, mas nem todos escolhem ou são capazes de usá-lo, é um caminho difícil de se trilhar, e o livre arbítrio está presente em todos os homens.

Qual o papel da Mulher no xamanismo?

O papel da Mulher no xamanismo é muito importante em muitas comunidades onde o xamanismo está presente, já que o trabalho com a cura está ligado a doação, e a Mulher é um ser doador natural, sua concepção energética facilita muito mais a ela fazer este trabalho que o homem, pois ela tem um poder intuitivo e natural muito maior que os homens. Em muitas tribos as Mulheres curadoras são consideradas mais poderosas que os homens curadores, sua concepção energética lhe dá uma ligação muito mais forte com a energia da Terra, essa ligação se dá através de seu útero e orgãos genitais, ligação esta que o homem precisa trabalhar muito mais para conseguir.

A Luta do Xamã

A luta do xamã é disciplinar o ego (o bom combate do guerreiro, anexar sua "sombra" à sua "luz"), usar a intuição para saber o que é realmente sua verdade, e usar a sua razão para executar essa "verdade interior". Normalmente as pessoas da nossa sociedade atual usam a razão para suprimir a intuição, os xamãs dizem que a razão é área dominante do ego, e o ego não é o "eu superior" (os Huicholes costumam chamar o ego de galinheiro mental, que nunca se cala, abafa e confunde a voz da intuição), a razão existe para servir o "eu superior", e não o contrário. "Pensar com o coração, descobrir o verdadeiro intento, e agir com a razão para executar esse intento".

pequeno Lobo

Maracás

Um maracá é um chocalho indígena, utilizado em festas, cerimônias religiosas e guerreiras, que consiste em uma cabaça seca, desprovida de miolo, na qual se metem pedras ou caroços. Também chamado de bapo, maracaxá e xuatê.

Está presente em diversas manifestações culturais brasileiras, como o Carimbó e em cerimônias de religiões afro-brasileiras que receberam influências indígenas como no candomblé de caboclo. No Catimbó, culto de origem indígena amplamente influenciado por tradições européias, o maracá é tido como sagrado. Também pode ser feito de coquinho.